Destaques:

• Rendibilidade das empresas aumentou pelo nono trimestre consecutivo, fixando-se em 9,4% no primeiro trimestre de 2023;

• Autonomia financeira das empresas continuou a aumentar, atingindo 42,6% no primeiro trimestre de 2023.

Nota: Nesta nota de informação estatística, no cálculo dos indicadores trimestrais, como a rendibilidade do ativo, utilizam-se, no caso das variáveis do balanço, a média dos valores apresentados nos últimos quatro balanços trimestrais e, no caso das variáveis da demonstração de resultados, a soma dos valores dos últimos quatro trimestres. Para o cálculo da estrutura de financiamento, que inclui, por exemplo, o indicador de autonomia financeira, consideram-se os valores do balanço em final de trimestre.

Rendibilidade do ativo aumentou para 9,4% no primeiro trimestre de 2023

A rendibilidade das empresas, medida pelo rácio entre os resultados antes de amortizações, depreciações, juros e impostos (EBITDA) e o total do ativo, aumentou pelo nono trimestre consecutivo, fixando-se em 9,4% no primeiro trimestre de 2023.

Rendibilidade do ativo

Nas empresas privadas, a rendibilidade do ativo aumentou em todos os setores de atividade relativamente ao primeiro trimestre do ano anterior, com exceção da construção. Os setores que mais contribuíram para este aumento foram os transportes e armazenagem (+3,2 pp), a eletricidade (+3,1 pp) e o comércio (+2,3 pp).

Rendibilidade do ativo por setor de atividade económica (em %)

Variações face ao período homólogo (em pp)

Por classe de dimensão das empresas privadas (exclui sedes sociais), a rendibilidade aumentou relativamente ao período homólogo nas micro, pequenas e médias empresas (PME), de 8,0% para 8,6%, e nas grandes empresas, de 9,3% para 12,0%.

Autonomia financeira das empresas aumentou para 42,6% no primeiro trimestre de 2023

No primeiro trimestre de 2023, o peso dos financiamentos obtidos no total do ativo baixou para 29,3% (tinha sido 32,0% no período homólogo). Para esta redução contribuíram, principalmente, os empréstimos contraídos junto do setor financeiro e os obtidos junto de empresas do grupo. Esta diminuição foi transversal a todos os setores de atividade e a todas as classes de dimensão das empresas.

Em sentido contrário, a autonomia financeira das empresas, medida pelo peso do capital próprio no total do ativo, continuou a aumentar, atingindo 42,6% no primeiro trimestre de 2023. Esta evolução refletiu a retenção dos resultados gerados pelas empresas. O aumento deste indicador foi mais expressivo nos dois últimos trimestres.

Autonomia financeira e financiamentos obtidos em percentagem do ativo

O aumento da autonomia financeira das empresas privadas foi transversal a todos os setores de atividade e mais expressivo nas PME (subiu de 40,5% no primeiro trimestre de 2022, para 43,2% no primeiro trimestre de 2023) do que nas grandes empresas (passou de 34,8% para 36,0%). A autonomia financeira das empresas públicas cresceu de 32,2% para 35,6%.

Autonomia financeira por setor de atividade económica (em %)

Variações face ao período homólogo (em pp)

Custo dos financiamentos obtidos aumentou para 3,3% no primeiro trimestre de 2023

O custo dos financiamentos obtidos aumentou pelo terceiro trimestre consecutivo (passou de 2,7% no segundo trimestre de 2022 para 3,3%), reflexo do contexto de subida das taxas de juro que se iniciou em julho de 2022.

Em sentido contrário, a cobertura de gastos de financiamento das empresas (que quantifica o número de vezes que o EBITDA gerado pelas empresas é superior aos seus gastos de financiamento) reduziu-se pelo segundo trimestre consecutivo (passou de 10,1 no terceiro trimestre de 2022 para 9,4 no primeiro trimestre de 2023).

Custo de financiamentos e cobertura de gastos de financiamento

Próxima atualização: 3 de outubro de 2023